Depressão e sentimento de culpa representam os estágios
mais profundos da dor humana. Judas era o homem de confiança de Jesus, tanto
que recebeu o cargo de gestor das finanças da pequena Comunidade. Caminhou
durante três anos com os outros apóstolos. Era o único conterrâneo de Jesus.
Em um certo dia a fraqueza humana batreu à porta do seu
coração. Ele abriu a porta; e satanás se apoderou dele. Vendeu o Senhor por 30
moedas de prata. E na quinta-feira santa à noite, entrega Jesus aos soldados
com o sinal mais sagrado para os judeus: o ósculo da paz. Retirou-se e caiu em
si. Voltou ao Sinédrio arrependido e jogou no chão as moedas que lhe queimavam
mais o coração do que as mãos. Deseperado, mergulhado num sentimento de culpa
atroz, não suportou tamanha dor. Chegara ao fim.
Subiu em uma árvore, colocou uma corda no pescoço e
lançou-se no vazio. Sua dor chegara ao fim. Suportara até onde pudera. Não quis
tirar sua vida, mas acabar a dor insuportável.
E aqui eu fico refletindo: a distância entre o pulo e a
queda foi exatamente igual ao tempo do arrependimento do seu ato. E a
misericórdia de Jesus não faz acepção de pessoas nem de circunstâncias.
Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo
Nenhum comentário:
Postar um comentário